A Cúpula que vem sendo chamada de Rio + 20
deveria enfrentar as conseqüências dessas duas décadas de atrasos e promessas
não cumpridas em relação ao desenvolvimento sustentável, mas vem no marco dos
fracassos da ECO 92 a Copenhagen 2009, retrocesso no Protocolo de Kioto (cujas
metas já tão moderadas, nem o próprio governo brasileiro não está jogando o
devido esforço para que sejam cumpridas).
A “Rio + 20”, pelo que se lê em seu documento
oficial, evasivo e rico em abstrações “verdes”, não pretende questionar o
padrão vigente de produção, os modelos de desenvolvimento praticados no
continente e no mundo e nem o regime de acumulação de capital às custas da
exploração incontrolável dos recursos naturais, energéticos e humanos.
Esse padrão ambientalmente danoso e socialmente
perverso é insustentável e tem sido implacável com as populações mais vulneráveis
e empobrecidas do planeta, só mencionada, de forma abstrata e despolitizada,
nos itens 26 e 107 do referido documento oficial da ONU. Em todo o resto,
afirmam-se compromissos com medidas paliativas e soluções de mercado como: eficiência
energética, reciclagem, “economia verde” (seja lá o que isso for, etc...)
As inovações produtivas sugeridas e chamadas de
“verdes”, são baseadas no que convém ao comércio transcontinental e nem tocam
nas praticas devastadoras das grandes corporações poluidoras, acenando para a
criação de nebulosos “empregos verdes” sem contemplar estratégias de produção
local. Muito pelo contrário, o texto oficial e sua estrutura revelam mais uma
tentativa enfática de estimular práticas menos danosas para o meio ambiente,
condicionadas a manter-nos dentro do modelo econômico vigente e predador.
A não questionar o caráter insustentável e
predatório desse mesmo modelo, baseado no consumo intensivo de água e energia;
exploração do trabalho adulto e infantil – que chega às raias da escravidão em
alguns casos – e que só produz mais e mais degradação ambiental e pobreza,
caracterizando o que Movimentos Sociais independentes e autônomos denunciam côo
sendo “Racismo Ambiental”, porque a pobreza tem cor.
Fonte: Texto extraído do boletim informativo da
Secretaria Geral da DEFENSORIA SOCIAL – edição abril/maio – 2012
INFORME: A Sociedade Civil Organizada, Formadores
de Opinião, Lideranças de Movimentos Sociais e Sindicais, devemos todos
participar do:
FÓRUM LATINO AMERICANO DE SUSTENTABILIDADE
16 A 19 DE JUNHO DE 2012-04-15 AUDITÓRIO DO
CENFOR (CENTRO DE FORMAÇÃO DE LIDERES DA DIOCESE DE NOVA IGUAÇU – RIO DE
JANEIRO
Mais Informações – www.brasilsustentavel.org
SOBRE A REUNIÃO DE SÁBADO, 14/ABRIL RIO MENOS 20,
ACESSEM:uniaodanon.blogspot.com
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