domingo, 15 de abril de 2012

REFLEXÕES SOBRE A RIO + 20

Não ao “mais de menos”
A Cúpula que vem sendo chamada de Rio + 20 deveria enfrentar as conseqüências dessas duas décadas de atrasos e promessas não cumpridas em relação ao desenvolvimento sustentável, mas vem no marco dos fracassos da ECO 92 a Copenhagen 2009, retrocesso no Protocolo de Kioto (cujas metas já tão moderadas, nem o próprio governo brasileiro não está jogando o devido esforço para que sejam cumpridas).
A “Rio + 20”, pelo que se lê em seu documento oficial, evasivo e rico em abstrações “verdes”, não pretende questionar o padrão vigente de produção, os modelos de desenvolvimento praticados no continente e no mundo e nem o regime de acumulação de capital às custas da exploração incontrolável dos recursos naturais, energéticos e humanos.
Esse padrão ambientalmente danoso e socialmente perverso é insustentável e tem sido implacável com as populações mais vulneráveis e empobrecidas do planeta, só mencionada, de forma abstrata e despolitizada, nos itens 26 e 107 do referido documento oficial da ONU. Em todo o resto, afirmam-se compromissos com medidas paliativas e soluções de mercado como: eficiência energética, reciclagem, “economia verde” (seja lá o que isso for, etc...)
As inovações produtivas sugeridas e chamadas de “verdes”, são baseadas no que convém ao comércio transcontinental e nem tocam nas praticas devastadoras das grandes corporações poluidoras, acenando para a criação de nebulosos “empregos verdes” sem contemplar estratégias de produção local. Muito pelo contrário, o texto oficial e sua estrutura revelam mais uma tentativa enfática de estimular práticas menos danosas para o meio ambiente, condicionadas a manter-nos dentro do modelo econômico vigente e predador.
A não questionar o caráter insustentável e predatório desse mesmo modelo, baseado no consumo intensivo de água e energia; exploração do trabalho adulto e infantil – que chega às raias da escravidão em alguns casos – e que só produz mais e mais degradação ambiental e pobreza, caracterizando o que Movimentos Sociais independentes e autônomos denunciam côo sendo “Racismo Ambiental”, porque a pobreza tem cor.

Fonte: Texto extraído do boletim informativo da Secretaria Geral da DEFENSORIA SOCIAL – edição abril/maio – 2012

INFORME: A Sociedade Civil Organizada, Formadores de Opinião, Lideranças de Movimentos Sociais e Sindicais, devemos todos participar do:
FÓRUM LATINO AMERICANO DE SUSTENTABILIDADE
16 A 19 DE JUNHO DE 2012-04-15 AUDITÓRIO DO CENFOR (CENTRO DE FORMAÇÃO DE LIDERES DA DIOCESE DE NOVA IGUAÇU – RIO DE JANEIRO
Mais Informações www.brasilsustentavel.org

SOBRE A REUNIÃO DE SÁBADO, 14/ABRIL RIO MENOS 20, 
ACESSEM:uniaodanon.blogspot.com 

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